O meu Playbook no Investimento Anjo
Essa semana li uma matéria no Portal NeoFeed: [Rodrigo Dantas, da Vindi, solta a voz e diz que, no mundo dos aportes, nem tudo são flores], que me chamou atenção. Leia aqui!
Apesar de concordar com ele em todos os pontos, eu preciso destacar uma questão importante que ele declarou na entrevista, a dos maus investidores Anjo.
Concordo com quando ele afirma que os primeiros investimentos-anjo no Brasil foram ruins, que há várias histórias péssimas de quem pegou dinheiro de investidor-anjo, que esses investidores tomavam muito Equity e que se intrometiam dentro das Startups. O pior é que ainda hoje vejo relatos nesse sentido, de investidores fica pedindo report o tempo todo, querendo atenção demais, dando palpite não solicitado, ameaçando e querendo mudar o rumo do negócio e atrapalhando juridicamente as novas rodadas de investimentos.
A dica para o empreendedor para separar o joio do trigo, foi certeira pelo Rodrigo: o track record do Investidor.
“Procurar saber mais sobre o investidor, se ele já fez investimento-anjo, em quais empresas investiu. Às vezes, você, no desespero, empreendendo, não faz análise, coloca o cara para dentro, aí vira uma curva de rio em que não consegue sair.”; “Tem muita gente que fala que é investidor-anjo, mas, muitas vezes, o cara não tem nem portfólio.”
Outro ponto bem interessante é saber separar a classe de Anjos como por exemplo, a boa classe dos Empreendedores que viraram investidores.
“Há muito investidor-anjo no Brasil, mas os bons são minoria. Os bons são empreendedores”; “Eles vieram com a cabeça de que a participação tem de ser pequena, de ajudar a não bater cabeça, de abrir a porta para novas rodadas”.
Por que? Porque é muito importante para o Empreendedor ter um apoio, um ombro amigo, um suporte, um conselho e mentoria para se colocar no lugar dele, de sofrer, torcer e comemorar juntos.
Por fim, uma questão polêmica ainda sobre os tipos de investidores, quando o Rodrigo declara o tipo “investidor de palco”.
“O tipo do cara que fala que é o melhor investidor do Brasil, que ganha prêmio, e normalmente não tem case.”
Apesar de entender o ponto e a quem ele se referia (Não sou eu!), já até conversei com ele exatamente sobre isso, eu preciso fazer um esclarecimento público, pois recebi várias mensagens de pessoas informando que o Rodrigo se referia a mim, pois eu seria o “melhor do Brasil e que ganha prêmios”, além de ser também uma oportunidade para mostrar meu CASE e Playbook:
Então vamos lá:
1. Fui eleito organicamente pela comunidade e ecossistema por 4 anos, o prêmio de melhor investidor Anjo do Brasil, eles me escolheram justamente por eu ser um investidor que apoia os Empreendedores e que colabora com o ecossistema e com o desenvolvimento econômico do Brasil. Aliás eu continuo fazendo investimento na física, leia sobre isso aqui. Mesmo na Bossa Nova, nosso slogan é esse: Somos Empreendedores que investem. Optamos por continuar investindo em pré-seed que é um estágio de investimento inicial muito similar ao estágio Anjo. Basta perguntar para qualquer empreendedor e/ou startups investidas como é o investidor João Kepler.
2. Faço conferências para compartilhar meus conhecimentos práticos, não vivo disso. Quem me acompanha sabe que meu conteúdo é aplicável e zero motivacional. Sou focado em Educar Empreendedores, Investidores e o mercado, minha missão é democratizar o acesso ao Capital. Portanto se é palco a questão, eu sou um Investidor que de vez em quando estou NO Palco e não, DE Palco.
3. Meu CASE são meus resultados, aliás eles são públicos. Na Bossa Nova temos 754 investimentos, 44 write-offs e 23 Exits nos últimos 5 anos. Sem dúvida nenhuma a Bossa Nova é o VC mais ativo da América Latina. Ainda sobre track record e sobre a afirmação que “é raro ver quem fez dinheiro com Investimento Anjo”, acho importante aproveitar e mostrar o meu PLAYBOOK como Investidor Anjo (na física!) — O resultado de um corte de startups investidas com o desempenho do meu portfólio em um período de investimento de 5 anos (de 2012 a 2017) em apenas 25 Startups, sem considerar os investimentos realizados após ano 2017:
a. Em relação aos meus próprios resultados e performance, 60% das startups que investi neste recorte, seguem vivas e crescendo a operação, 32% das startups fizeram Write-off ou estão em modo Zumbi e 8% das startups tiveram EXIT (Exemplo: Saída da Startup Agenda EDU), sendo que o Valuation Médio de entrada nas 25 Startups foi de R$4,2M.
b. Se for considerar somente os Write-offs até agora, 32% das Startups investidas deram prejuízos ou não lograram êxito, ou seja, bem abaixo dos 60% do que acontece e é estimado o prejuízo no Playbook americano do investimento Anjo.
c. Os resultados são realmente consideráveis, afinal, o múltiplo desse portfólio é de 15.43x (sem contar Exits e Writeoffs).
d. Esse é o meu Playbook! Leia completo aqui!
É isso, apoio as declarações do Rodrigo Dantas para o NeoFeed e esclareço que esse tipo de categoria de investidor anjo que ele menciona na matéria, deve ser denunciado, mas felizmente, não se enquadra no meu perfil e definitivamente esse cara não sou eu. ;)
Continuo aprendendo, procurando melhorar sempre e investindo em GENTE. Contem comigo para separar o joio do trigo e educar o mercado.