O investimento Anjo em Startups continua crescendo no Brasil.

João Kepler
3 min readMar 16, 2023

É o que o apresenta o mais recente levantamento feito por 24 redes de investimento-anjo que projeta um investimento de R$ 85mm em Startups para 2023. Muito em linha do que eu tinha como perspectiva para o ano. Escrevi esse artigo no inicio do ano com projeções aqui!

Nesse estudo 3.258 investidores Anjos associados aos grupos de Anjos, declararam que foi investido R$ 68 milhões em 128 Startups em 2022. Grupos como: GV Angels, Curitiba Angels, Anjos do Brasil, Babson Angels, BR Angels, BlackWin, Bruin Angels, Columbia Alumni Angels do Brasil, EA Angels, ESPM Angels, FAAP Angels, FDC Angels, FEA Angels, Gávea Angels, Hangar8 Capital, Insper Angels, LAAS, MIT Alumni Angels, NYU Angels, Poli Angels, Sororitê, Urca Angels, Wharton Alumni Angels e WIN Angels.

Apesar desses grupos não representarem todos os mais de 10 mil investidores Anjo brasileiros, é uma boa base e excelente amostra para explicar o movimento, o aquecimento e a continuidade dos investimentos em Startups no Brasil, mesmo com altas taxas de juros, o que acaba indo na contramão de um certo pessimismo do mercado.

Esse estudo também reforça a tese do Early Stage e vai no sentido contrário ao último levantamento feito pela Distrito que mostra uma retração na captação em 2022 em relação a 2021 que foi um ano recorde de investimentos em startups no Brasil. Ou seja, os Investidores Anjos brasileiros continuam com apetite para investir em startups, diferentemente de estágio mais maduros.

Para debater esse e muitos outros pontos, Investidores, fundos, startups, empreendedores, aceleradoras, empresários da Nova Economia, especialistas e corporações vão se reunir no Bossa Summit nos dias 23 e 24 de março no Transamérica Expo em São Paulo.

Analisando o resultado positivo desse estudo, percebemos claramente que o que estamos mostrando, informando e educando todos esse anos:

  1. a descorrelação, o investimento em Startups é descorrelacionado, ou seja, que sofrem menos com as volatilidades do mercado financeiro. Independente do cenário o ativo investido não vai valorizar e desvalorizar no decorrer do dia ou da semana, como acontecem com alguns outros tipos de investimento. E ao considerar a necessidade dos investidores em diversificar suas alocações, esses ativos descorrelacionados, fazem mais sentido ainda.
  2. Acredito que a grande chave para esse aumento dos investimentos é a diversificação que não foca necessariamente no maior retorno, mas sim na melhor relação risco X retorno possível, que deve ser o principal objetivo buscado por qualquer investidor.
  3. Outro ponto é convexidade nessa classe de ativo, porque quando se investe um valor fixo em uma Startup, se não der certo, gera uma perda LIMITADA. Por outro lado, esse valor aportado, pode gerar possibilidades de multiplicar e muito o valor investido, gerando ganhos ILIMITADOS.

Devemos desmistificar e incentivar o fomento dessa categoria de investimento para atrair novos investidores através da educação, para aprenderem a investir e considerarem as Startups em suas carteiras de investimento para equilibrar e diversificar, com o entendimento de que mesmo sendo um ativo ilíquido e de muito risco, existem boas possibilidades de retorno no longo prazo.

João Kepler

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João Kepler

Writer, Angel Investor and Board: Bossa Invest, Non Stop Produções, SME the New Educatiion and Equity Fund